O dia 14 de outubro foi a data que marcou o início das aulas dos seis bailarinos que integram o primeiro corpo de baile da Cia. Usina da Dança, criada pelo Instituto Oswaldo Ribeiro de Mendonça – IORM, em Ribeirão Preto. O encontro foi marcado por acolhimento e uma rica troca de saberes: os bailarinos foram introduzidos à proposta artística da Usina da Dança, projeto de inclusão em dança, desenvolvido pelo IORM nos seus núcleos nos Municípios de Orlândia, Guaíra, Ipuã e Miguelópolis.
A diretora Artística da Cia. Usina da Dança, Valéria Pasetto, apresentou o IORM para os bailarinos, com o apoio de slides e promoveu o diálogo sobre o trabalho do Instituto, fundado há mais de 18 anos. A professora Vivian Vinha compartilhou com os bailarinos os processos criativos desenvolvidos e o currículo emergente e fluído que orienta as linguagens artísticas desenvolvidas pela nova companhia.
Os bailarinos foram convidados a fazer uma verdadeira imersão nos conceitos da Dança Contemporânea, explorando a relação entre si, o tempo e o espaço. “Os primeiros laboratórios investigativos já começaram e servirão de base para o espetáculo deste ano, que será criado, produzido e apresentado pelo Instituto ORM, tendo como destaque os bailarinos da Cia Usina da Dança intitulado Travessias. O tema? Uma folha de papel que se transforma em vários mundos, refletindo sobre a beleza das transformações – o que é bonito em cada um e o que tem o poder de transformar o entorno e a si mesmo.”, detalha Valéria Pasetto.
Como ação resultante do processo de aprimoramento profissional e oportunidade de compartilhar a pesquisa artística em dança desenvolvida pela Cia, os bailarinos integrarão o espetáculo do Instituto ORM, através do desenvolvimento, criação e apresentação de uma célula coreográfica. Essa apresentação circulará pelas cidades de Orlândia, Guaíra, Ipuã e Miguelópolis, levando a arte da dança a diferentes públicos e espaços.
“É inspirador ver este grupo de histórias únicas se encontrando, cada bailarino trazendo sua maneira especial de se mover e demonstrando disposição para compreender o outro. Juntos, estão construindo um ambiente harmônico, leve e em constante movimento.”, destaca a Diretora.
A proposta do Balé consciente também foi trabalhada pelos bailarinos que exploraram teoricamente e corporalmente o conceito de consciência aplicado à técnica e à investigação do movimento. O professor Joseph Lopes liderou a preparação física baseada no pilates, seguida pela prática do balé consciente, que proporcionou novas perspectivas e descobertas aos bailarinos.
A equipe docente e a direção entusiasmaram-se com o entrosamento do grupo, motivado e aberto para esse processo artístico. Nas próximas semanas a Cia. deverá intensificar a interação com os núcleos do Instituto ORM.