Na tarde de 13 de junho, o Instituto Oswaldo Ribeiro de Mendonça – IORM, inaugurou o sistema de geração de energia fotovoltaica que já fornece a energia elétrica necessária para suprir o consumo do Centro Cultural Colorado.
Participaram da inauguração, a fundadora do IORM, Josimara Ribeiro de Mendonça, o prefeito municipal, José Eduardo Lelis; a presidente do Fundo Social de Solidariedade do Município, Elaine Olivério Lelis; o presidente da Câmara Municipal, vereador Caio César Augusto e o vice-prefeito e secretário de Educação, Renato César Moreira; além do diretor de Esportes do Município de Morro Agudo, Douglas de Almeida, empresários, da imprensa e do assessor do deputado federal Arnaldo Jardim, Fábio Pádua.
A empresa Siner, que doou 50% do valor correspondente à instalação do Sistema, esteve representada pelo seu sócio proprietário, o engenheiro eletricista Vicente D´Arco. A instalação dos painéis fotovoltaicos foi possível graças ao apoio da Usina Colorado, que a partir de sua atuação em responsabilidade social empresarial motivou a empresa Siner, líder no mercado de energia fotovoltaica no país, a realizar a doação.
A irradiação solar é fator de extrema importância para a viabilidade econômica de um sistema de geração de energia fotovoltaica. Importante dizer que Guaíra está situada em uma das regiões do Estado de São Paulo de maior índice da radiação solar, o que contribui para o sucesso do projeto implantado. E a cidade está saindo na frente. No início do ano, Guaíra já recebeu o projeto de energia solar que está implantado no Centro de Ação Social Nossa Senhora D´Aparecida, gerando economia média mensal de R$ 2,5 mil em contas de energia elétrica a cada mês para a instituição. A ideia do IORM é sensibilizar pessoas, empresas e instituições para que adotem fontes de energia limpa e renovável. A fundadora do IORM adiantou que deve apoiar o Lar Geraldo Barbosa de Freitas, instituição de Longa Permanência para Idosos da cidade de Miguelópolis a conquistar seu sistema de energia fotovoltaica.
Economia
“O sistema de geração fotovoltaica inaugurado vai produzir 83 mil quilowatts hora de energia limpa e renovável, e vai contribuir com a sustentabilidade financeira do instituto. Com base no histórico das contas de energia elétrica do Centro Cultural Colorado que foram pagas pelo IORM em 2017, o sistema implantado representa uma economia anual da ordem de R$ 40 mil. Do total de R$ 47 mil de energia elétrica pagos no ano passado, esse ano pagaremos apenas R$ 7 mil, que são referentes a impostos e não a consumo. Isso significa uma economia de 85%. Recursos que deixamos de gastar no custeio e que passam a ser investidos para que o IORM avance no cumprimento de sua missão, que é de contribuir para o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens em nossa região”, destacou a fundadora do IORM, a empreendedora social Josimara Ribeiro de Mendonça em sua fala.
O Centro Cultural Colorado é sede de projetos como Agenda Cultural (Usina da Dança), cursos de Capacitação Profissional, Projeto Guri, Biblioteca Energia do Conhecimento, CIEE – Centro de Integração Empresa Escola; Cinema Cinergia , Escola no Cinema e Cidade que Educa que são desenvolvidos diretamente pelo Instituto e também em parceria com outras instituições.
A estrutura formada por 189 placas fotovoltaicas gerará anualmente 83 mil kWh de energia limpa e renovável, contribuindo para a sustentabilidade do planeta.
A empresa Siner, responsável pelo Projeto, atua no mercado nacional e internacional há mais de 25 anos, sendo referência no fornecimento de soluções integradas para plantas de geração e cogeração de energia. O Vicente D´Arco enfatizou que ainda há pouca informação sobre a geração de energia elétrica a partir do sol.
“A seriedade do trabalho desenvolvido pelo IORM nos motivou a fazer a doação. Encontramos a parceria ideal para materializar nosso desejo de apoiar o Terceiro Setor. Isso nos dá impulso para novos investimentos”.
Motivação
Os participantes assistiram a apresentações do Projeto Guri e da Agenda Cultural Usina da Dança, que atestam diariamente a importância do Instituto para Guaíra e região.
Com a inauguração, o Centro Cultural Colorado passa a figurar entre as primeiras organizações do Terceiro Setor do país a contar com energia fotovoltaica.
“Além de proporcionar economia e ser uma solução ambientalmente correta, esta iniciativa será muito importante sob o ponto de vista da educação. Trabalhamos com crianças, adolescentes e jovens e eles participarão na prática de um projeto que muda a matriz energética. É um exemplo que estamos dando pra as futuras gerações: a energia elétrica pode ser obtida por outras fontes”, destaca a coordenadora do Conselho do IORM, Maria Inês Marcório Guedes Moreira de Carvalho.
Como funciona
O coordenador industrial da Usina Colorado, Paulo Carvalho participou da inauguração e fez uma apresentação detalhando aspectos da tecnologia que permite a produção da energia elétrica a partir da luz solar.
“A energia solar fotovoltaica é a energia obtida através da conversão direta da luz em eletricidade, o Efeito Fotovoltaico. A unidade fundamental desse processo de conversão é a célula fotovoltaica, dispositivo fabricado com material semicondutor.”
A energia fotovoltaica é tendência crescente no mercado de energia do Brasil. Apenas nos últimos seis meses, dobrou a quantidade de geradores solares fotovoltaicos instalados no país, passando da marca de 10 mil instalações.
Entre os benefícios que serão gerados, como a redução de emissões, o que mais tem atraído os consumidores de energia, está ligado a economia e redução de custos com energia elétrica, permitindo com isto, que possam ser feitos reinvestimentos em ações e atividades voltadas aos interesses da entidade.
Paulo Carvalho explicou que o sistema funciona a partir do conceito de compensação. O sistema fotovoltaico continua em contato com a concessionária, assim, a energia produzida, que não é consumida pelo próprio gerador, é distribuída para o sistema elétrico.
No caso da fotovoltaica, a política de compensação de energia adotada no Brasil é bem simples. A energia elétrica gerada por meio dos painéis solares é abatida na conta de luz mensal. Isso significa que no fim de cada mês, o consumidor pagará apenas a diferença entre o que foi gerado e o que foi consumido. A economia na conta pode chegar a 85%, porque não fica isento de impostos.
Quando a produção for maior que o consumo, são gerados créditos energéticos em quilowatt-hora (kWh) na próxima fatura, válidos por 60 meses, exatamente por conta do saldo positivo. Dentro desse prazo, eles poderão ser utilizados em períodos de maior consumo, permanecendo a economia de energia.
Essa modalidade de geração distribuída foi regulamentada no Brasil pela primeira vez em 2012 por resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica e modificada por uma nova resolução da Aneel de 2015.