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Usina da Dança

Alunas da Usina da Dança de Orlândia, Miguelópolis e Guaíra apresentaram-se com a Cia. Cisne Negro em O Quebra Nozes

Alunas da Usina da Dança de Orlândia, Miguelópolis e Guaíra apresentaram-se com a Cia. Cisne Negro em O Quebra Nozes.

Cisne Negro Cia. de Dança, uma das mais importantes companhias de dança no país, levou ao Teatro Alfa, em São Paulo, a 34.ª edição de O Quebra-Nozes. Nos dias 18 e 19 de dezembro, pelo terceiro ano consecutivo, o espetáculo teve a participação de doze bailarinas da Usina da Dança das cidades de Orlândia, Guaíra e Miguelópolis, encenando os Anjos.

As alunas do projeto do Instituto Oswaldo Ribeiro de Mendonça – IORM, viajaram acompanhadas pelas professoras Marina Andrade, Isabela Cristina de Oliveira, pela assistente social de Miguelópolis Anelisa Perticarrari, pela secretária Márcia Kato Ericson, pela psicóloga Chayene Moraes e pela coordenadora artística da Usina da Dança Valeria Pazeto. A equipe contou com o apoio de Márcia Pereira de Jesus, responsável pelos ensaios realizados em Orlândia. Também em São Paulo, as alunas da Usina da Dança foram ensaiadas pelas professoras Marina Andrade e Isabela Cristina de Oliveira.

Os Anjos compõem a última parte do primeiro Ato do espetáculo O Quebra Nozes. Nos dias do espetáculo com a apresentação de os Anjos da Usina da Dança, a montagem teve a apresentação da brasileira Aurora Dickie, solista do Staatsballet Berlim, Alemanha e o russo Dmitry Semionov também solista no Staatsballet na Alemanha como primeiros bailarinos.

“A arte busca descobrir, desenvolver e exercitar o lado criativo, imaginativo e expressivo do ser humano. A arte faz com que o ser humano reflita, raciocine, faça ligações e interpretações. Podemos ligar o papel da arte ao da filosofia, Já que ambas possui forte ligação. A arte pode ser o ato de criar inventar, e isso é essencial para o ser humano. A arte nunca está só ou isolada das outra ciências ou estudo, é essencial um pouco de arte para se entender o mundo.”, defende Valeria Pazeto.

“Crianças e adolescentes da Usina da Dança participam do projeto que reúne diversas linguagens como dança clássica, jazz e ballet contemporâneo, teatro, música, artes visuais e literatura. Participar de um aprofundamento mais específico nesta linguagem é relevante para avanços técnicos como disciplina, postura, condicionamento físico, mas também para a inteligência emocional. Um conjunto de requisitos que pode fazer toda a diferença na formação de um profissional – siga ele a carreira clássica ou não. A relevância não fica apenas para aspectos técnicos podemos perceber também os aspectos sociais e humanos, estar ao lado, dançando no mesmo palco e dividindo as mesmas coxias) de renomes internacionais, contribui para um olhar de alargamento de horizontes de igualdade, se eles podem eu também consigo.”, informa a coordenadora artística da Usina da Dança.

O intercâmbio interior capital proporcionou às alunas manter contato e perceber novas realidades, apropriando-se culturalmente e socialmente de cada visita e local que cotidianamente não fazem parte de sua vivência. As alunas fizeram um verdadeiro reconhecimento no teatro Alfa, tiveram a oportunidade de pernoitar em um Hotel, e visitaram uma grande livraria.
A metodologia implantada na Usina da dança é o ballet consciente. O projeto não apenas repete mecanicamente os passos, mas leva o aluno a observar e aprender novos caminhos, este tipo de intercâmbio vem somar ao desenvolvimento planejado pela equipe, bem como a apropriação cultural e social.

A viagem à São Paulo e a apresentação mobilizou as famílias das alunas. “Agradeço a todos que fizeram parte desta equipe do IORM, professores, coordenadores, alunas. Afinal, o sucesso de um projeto depende do empenho de cada um dos membros de uma equipe. E todos vocês demonstraram grande determinação e dedicação, e principalmente um incrível espírito de equipe. Obrigada por cuidar tão bem dos nossos filhos… Foi uma viagem que marcou a vida da minha filha… que vai ser lembrada sempre… Muito obrigada.”, destacou Vânia, mãe da aluna Isadora Aparecida dos Santos, da Usina da Dança de Guaíra.

O Quebra-Nozes conta a história de Clara e seu precioso boneco Quebra-Nozes, presente de seu padrinho, o mago Drosselmeyer. Juntos, eles enfrentam uma cruel batalha contra o Rei dos Ratos e seu exército, viajando pelo Reino das Neves até o Reino dos Doces. A obra produzida pela Cisne Negro foi apresentada pela primeira vez em 1983 sob a direção de Hulda Bittencourt, recebendo naquele ano o prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), como Melhor Espetáculo de Dança. Desde então, foi incorporado ao repertório da Cisne Negro Cia de Dança até os dias de hoje. Uma das marcas do grupo é renovar o espetáculo a cada ano, emprestando a ele um toque de originalidade e inovação sem perder sua essência. A diversidade pode ser vista tanto nas coreografias quanto na montagem cênica.

Nos efeitos especiais circenses e na acrobacia de tecido contará com o Circo Escola Picadeiro, considerada uma das mais respeitadas escolas circenses do país, fundada em 1983 por Wilson Moura Leite, que tem em seu currículo grande número de ex-alunos atuando em importantes companhias no exterior, alguns deles inclusive no Cirque Du Soleil.
O espetáculo natalino O Quebra-Nozes, foi criado por Tchaikovsky em 1891. Tradicional na cidade, o espetáculo recebeu em 2012 o Prêmio Governador do Estado como Melhor Espetáculo de Dança – preferência popular. Com direção artística de Hulda Bittencourt e Dany Bittencourt, contou com a colaboração de ensaiadores renomados na área da dança, a ex-primeira bailarina da Ópera de Wiesbaden na Alemanha e maître Daniela Severian, e a ensaiadora da Cisne Negro Cia de Dança Patrícia Alquezar. Este ano também contou com a consultoria artística de Ana Botafogo.

Corais no saguão
No saguão do Teatro, houve a apresentação de corais convidados, interpretando músicas natalinas, antes do início dos espetáculos, sob a coordenação da pianista Maria Inês Vasconcellos. O espetáculo teve ainda maquiagem e visagismo especial da Equipe Jacques Janine, sob a supervisão de Chloé Gaya. “É uma obra que nos faz embarcar no sonho de Clara, transportando-nos a um mundo de imagens fascinantes, repletas de magia e beleza, que ficam gravadas para sempre em nossas mentes e em nossos corações”, diz Hulda Bittencourt, fundadora da companhia e diretora artística do espetáculo O Quebra Nozes.

Sinopse
Encenado em dois atos, o ballet conta a fantasia de Clara, uma menina que na noite de Natal ganha muitos presentes, mas se encanta de uma maneira especial por um deles, um boneco quebra-nozes. Quando todos vão dormir, Clara vai à sala para brincar com seu novo presente adormece e entra no mundo da fantasia. Os brinquedos ganham vida, dançam, lutam, viajam para O Reino das Neves e Reino dos Doces, onde Clara e seu príncipe são homenageados com danças típicas de vários países e com um gracioso pas-de-deux da Fada Açucarada. A criação de O Quebra Nozes foi inspirada em uma adaptação francesa de um trecho do conto Nussknacker und Mauserkonig (Quebra-Nozes e o Rei dos Camundongos), de Hoffmann. Tchaikovsky se encantou com as colorações sinistras e fantásticas que envolvem a história e compôs a música para o ballet.

Os Anjos da Usina da Dança

Elenco de Orlândia
Alice Maria Dinard
Helena Cristina Trombeta
Helena Mateus Pironti
Karem Aparecida dos Santos
Ruth do Carmo Santos

Elenco de Guaíra
Emanuela de Moura Telles
Isadora Aparecida dos Santos

Elenco Miguelópolis
Luma Gabrielly P. Santos
Lara Faria dos Santos
Lhara Aparecida R. Geraldini
Letícia Ferreira Santos
Júlia Barbosa da S. Amorim

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