O palco da ETEC Professor Alcídio de Souza Prado transformou-se em um espaço de memórias e afetos nos dias 15 e 16 de dezembro. O Instituto Oswaldo Ribeiro de Mendonça (IORM) apresentou a última etapa da turnê do espetáculo “Onde É O Nosso Lugar?”, encerrando o ano de 2025 com quatro apresentações que ficarão gravadas no coração da comunidade orlandense.
A força institucional do IORM esteve presente em cada sessão, reafirmando que a arte é o alicerce para a cidadania. Na tarde de 15 de dezembro, o espetáculo contou com a presença da conselheira Monica Righi Jacob, que acompanhou de perto os talentos da Usina da Dança e do Projeto Guri e a força do Instituto no palco.
Já a noite de 15 de dezembro foi marcada por uma recepção calorosa à fundadora do IORM, Josimara Ribeiro de Mendonça. Sua presença, sempre inspiradora, simboliza a continuidade de um sonho que hoje transforma a realidade de centenas de famílias em toda a região. Josimara foi saudada pela plateia e pelos alunos, reafirmando o laço de afeto que une a fundação à comunidade.
Aniversário e propósito
A coordenadora do Conselho do IORM, Maria Inês Marcório Guedes Moreira de Carvalho, escolheu a plateia de Orlândia para celebrar o seu aniversário. Em um gesto de profunda gratidão e carinho, a aniversariante recebeu uma homenagem pública: um coro vibrante e emocionado, formado por centenas de bailarinos, educadores e equipe técnica, entoou os parabéns diretamente do palco.
Fiel ao seu compromisso com a democratização da cultura, o IORM garantiu que o espetáculo fosse acessível a todos. As apresentações contaram com audiodescrição ao vivo e tradução em Libras, assegurando que a mensagem de pertencimento chegasse a cada espectador, sem barreiras. Telões de LED gigantes projetaram crônicas do cotidiano dos alunos, conectando o público aos espaços internos do Instituto e à história de cada cidade percorrida pela turnê — Ipuã, Miguelópolis, Guaíra e, finalmente, Orlândia.
O Legado de 2025
A turnê circulou em Ipuã, Miguelópolis, Guaíra, antes de ser encerrada em Orlândia, o IORM reafirma que “Onde É O Nosso Lugar?” não é apenas uma pergunta, mas uma afirmação de que o lugar da criança e do jovem é onde existe oportunidade, respeito e cultura.
A beleza da obra contou, também com a participação nas 4 cidades dos bailarinos da Cia. Usina da Dança, núcleo de pesquisa e formação do IORM em Ribeirão Preto, que se uniram aos alunos da Usina, somando em densidade artística.
O espetáculo no palco empolga bela beleza, por figurinos bem cuidados que ajudam a contar a história. Pela música, pelo trabalho de iluminação e pelos telões. É o produto de uma convergência de intenções e de muita dedicação. Tudo é viabilizado pelo apoio de empresas e pessoas que patrocinam os projetos do Instituto e tornam possível a realização pessoal de cada aluno.
Com concepção e direção de Valéria Pasetto, a obra levou o público a uma jornada baseada na “Poética do Espaço”, de Gaston Bachelard. Mais do que passos de dança, o que se viu foi o resultado de um ano de escuta ativa e investigação, onde cada bailarino ocupou seu lugar no mundo através da arte, transformando o palco em um corpo vivo e pulsante.
Cada cidade recebeu um espetáculo diferente, com coreografias cocriadas por todos. Elas enalteceram a relação dos alunos com o lugar que o Instituto ocupa fisicamente na cidade e também simbolicamente na vida de cada um. Figurinos, imagens em tela reproduziam planos desses espaços. Fachada e interiores dos núcleos, jardins e plantas, objetos que são vistos e tocados cotidianamente, rampas, escadas, acessos. Sempre sob a perspectiva afetiva dos alunos.
“Em Orlândia, a mudança de sede do IORM para um novo prédio – o anexo do Castelinho – chamou atenção para olhar o espaço enquanto agente educador. Mas não apenas o espaço novo, e sim todos os espaços frequentados por nossos assistidos, cada qual em sua cidade de origem. Aprender a dar significado ao novo e ressignificar o antigo. Zelar e pertencer. Encontrar a alma de cada lugar.”, destaca a Coordenadora Artística do IORM.
Valéria cita a fala de uma aluna que descreve o espetáculo de 2025 como, possivelmente, o fechamento de uma trilogia. “Em 2023, Raízes e Asas abordou o ciclo da vida; em 2024, Travessias falou sobre a beleza da transformação humana através das artes e seu encerramento com um ninho vazio, como a metáfora de uma eterna busca. Em 2025, após a partida deste ninho, a resposta para qual é o lugar que se deseja chegar.
O espetáculo, realizado em parceria com o Ministério da Cultura e a Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, encerra seu ciclo presencial com recordes de público e mais de 11 mil visualizações online pelo site do IORM. O espetáculo pode ser visto em https://www.iorm.org.br/espetaculo-onde-e-o-nosso-lugar/
15 de dezembro – 15h
15 de dezembro – 20h
16 de dezembro – 15h
16 de dezembro – 20h
